Introdução

Legenda: Ilustração por John Coltrane, oferecida a Yusef Lateef em 1960, mostrando as duas escalas de tons inteiros em anéis concêntricos.

Meus primeiros passos na música foram como guitarrista de jazz. Eu comecei a tocar flauta de Pã o dia 1 º de janeiro de 1980, após um sonho em que eu visualizei as "formas" das doze escalas maiores no instrumento, que era afinado na escala de Sol Maior. Eu já sabia que as alteraçoes são obtidas inclinando o instrumento para cobri-lo parcialmente com o lábio inferior. Então eu percebi que deveria ser possível tocar jazz nele. Eu atravessei o processo usual de aprender a tocar um instrumento, com a prática de escalas, às vezes usando o caderno de flauta de Taffanel, e aprendendo peças como Tico Tico no Fubá e Billie’s Bounce. Os próximos 13 anos passei a dar nós em meu cérebro, aborrecendo os meus companheiros com as minhas notas falsas, e recebendo perplexos comentários na prensa irlandesa.

Até que um dia eu tomei coragem para experimentar uma idéia que tinha sido flutuando em meu cérebro durante muito tempo: a afinação em tons inteiros. Fazia calor, era fácil de converter o instrumento com cera de abelha na escala Sol, La, Si, Do♯, Re♯, Fa. Comecei a improvisar, e dentro de duas ou três semanas já tocava com menos erros do que antes, embora eu tive que apagar temporariamente do meu repertório as músicas que eu tinha aprendido por memória muscular no sistema diatônica. Desde então, eu nunca olhei para trás! Agora já tenho passado mais de 20 anos tocando essa flauta de Pã hexatónica, e a experiência fica cada vez melhor, abrindo caminho cada ano a maiores desafios musicais.

Vantagens da afinação em tons inteiros

ATENÇÃO: Se você fizer transição da flauta de Pã diatônica, você terá que decidir o que manter, como os dois sistemas são definitivamente incompatíveis; embora uma vez que você ficar viciado na experiência intuitiva da afinação de tons inteiros, você não vai querer voltar de qualquer maneira!

Follow me on Twitter @jazzpanflute